quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Pedacinho de Céu
Num dia nublado,
Encontrei um pedacinho
De céu azul.
Fiquei tão animado
Que quase desalinho,
Das nuvens, o cerúleo era meul!
Tomei aquela porção,
Fiz dela uma camisa
Para enfrentar os ventos.
Não encontrei objeção,
Como quem poetisa,
Combatia um dos elementos.
Deu pano até de sobra!
Fiz um guarda-chuva
Para enfrentar o aguaceiro.
Dobra e desdobra...
Enquanto a cor celeste ficava turva,
Eu me desdobrava inteiro.
E como não se vive só de poesia,
Fiz do meu verso uma prosa:
- Céus! Que farei eu agora?
- Deves estar fazendo uso de ironia...
... Sei lá eu! Faça uma rosa!
Atendi ao pedido e a uma rosa dei forma!
Passaram-se as horas,
Passaram-se os dias,
Passaram-se os anos!
A rima passou...
O verso passou...
A estrofe acabou...
A brincadeira passou...
A infância passou...
O riso foi embora...
Já não há nuvem,
Já não há céu...
Espero outra aurora!
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Um comentário:
Profundissimo como sempre!
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