Recentemente vivi uma situação inusitada. Ano passado foi meu ano de vestibular, prestei em diversas faculdades, mas desde minha infância eu dizia que faria faculdade na USP. Não tive apoio dos meus ex-professores e grande parte dos meus amigos disse que não daria em nada, afinal eu sempre estudei em escola pública e não teria condições de passar em um vestibular tão concorrido.
Para a surpresa de muitos, eu passei na USP e em outras faculdades. Porém, não tive condições financeiras de me mudar para outra cidade ou de ir e voltar todo santo dia. Na hora eu não compreendi, deixei a ira contra Deus apossar-se de mim e resmunguei até cansar e não conseguir mais falar. Quando me calei e acalmei-me, esse texto de Jeremias me veio à mente. Conheço o contexto cujo qual o texto fala (cativeiro da Babilônia), mas a carta que servia de consolo aos cativos em uma terra estranha, agora servia para o meu consolo.
Era como se Deus dissesse a mim: - Filho querido, por que te iras? Por acaso não confias em mim? Por acaso não sou eu o Deus da tua salvação? Talvez não compreendas o hoje, mas Eu já conheço o teu fim, Eu o preparei da melhor maneira para ti. Não te preocupes, pois Eu estou contigo.
Eu não podia mais irritar-me com essa situação. Meu Pai estava zelando por mim e pelo meu futuro. Outro texto bíblico me veio à mente, quando Pedro diz a Jesus que está pronto a segui-Lo até a prisão e à morte (Lucas 22:33). Para Pedro o momento que ele estava vivendo com Jesus era o bastante, mas Deus sabia que não era. Pedro estava satisfeito com a companhia de Jesus, mas Deus queria dar a ele e a todos nós a salvação, a purificação de nossos pecados e a companhia de Cristo sempre!
Por tantas vezes deixo o hoje cegar-me e impedir-me de enxergar o que Deus deseja. Por tantas vezes sou como Pedro, querendo o que tenho hoje sem saber o que terei amanhã. Ah Deus, dá-me paciência e calma para esperar o Teu querer em mim.
Guilherme Henrique Miranda
São Vicente, 30/10/2008
São Vicente, 30/10/2008
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