Ser Tão Sertão
Por que os adultos acham que a vida séria, a vida de gente "grande", tem de ser levada tão a sério? Quero cada vez mais careta em fotografias, brincadeiras mais bobas, piadas sem graça, risos mais sinceros, mais brinquedos espalhados pelo chão do meu quarto...
Ser tão certão é ser tão sertão!
Que minha inocência e alegria contagiante sempre reguem vida, que sejam sinônimo de chuva, mesmo que na grama mais verde do vizinho. Seja essa a razão do viver, que seja bem, que seja a razão de estar... Só assim saberei o que é viver em bem-estar.
Dia de Chuva
É tão bom sair sem guarda-chuva em dia de chuva! A alegria de voltar a ser uma criança que corre, se diverte e se molha é tão agradável... Só não é tão agradável quanto voltar a ser criança sem que olhares te condenem e te considerem infantil...
terça-feira, 27 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Animais
Hoje presenciei uma cena inusitada enquanto esperava o ônibus para ir à faculdade. Três meninos, que pareciam ter no máximo onze anos, encostaram uma carroça puxada por uma égua tão magra e faminta quanto eles. Meu celular estava descarregado, portanto eu não estava ouvindo música. Foi então que eu ouvi a conversa de duas mulheres que também estavam no ponto:
- Olha! Coitada... Tão magra! Nem ao menos tem o que comer aqui, na cidade...
- E ainda tem de carregar esses animais para cima e para baixo!
Esbocei um sorriso e ri para mim mesmo. O sentimentalismo humano é tão... Desumano! Cômica consciência inconsciente que nos faz ter tanta preocupação com nossos semelhantes e tão pouco com os "animais" da nossa sociedade...
- Olha! Coitada... Tão magra! Nem ao menos tem o que comer aqui, na cidade...
- E ainda tem de carregar esses animais para cima e para baixo!
Esbocei um sorriso e ri para mim mesmo. O sentimentalismo humano é tão... Desumano! Cômica consciência inconsciente que nos faz ter tanta preocupação com nossos semelhantes e tão pouco com os "animais" da nossa sociedade...
Guilherme Henrique Miranda
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Histórias reais e irreais
sábado, 10 de abril de 2010
Necrópsia de Outrora
Dedico-me à escrita de meu amado presente,
Tecendo aquilo que será a última lembrança,
Para que, no futuro, reste-me alguma esperança,
Diante da minha sonhada quimera ausente.
As lembranças, levo comigo, zelando pelo seu calor.
Encho novamente meu copo, tomo outro trago,
E se algum dia não suportar a dor,
Em um terrível dolo, minhas lembranças rasgo!
Necrópsia! Desvencilho-me delas então,
Rasgo tudo que já estava morto.
Se me pego assombrado, por meus fantasmas envolto,
Sei que sinto saudades... Em pranto dilacero meu coração!
Tecendo aquilo que será a última lembrança,
Para que, no futuro, reste-me alguma esperança,
Diante da minha sonhada quimera ausente.
As lembranças, levo comigo, zelando pelo seu calor.
Encho novamente meu copo, tomo outro trago,
E se algum dia não suportar a dor,
Em um terrível dolo, minhas lembranças rasgo!
Necrópsia! Desvencilho-me delas então,
Rasgo tudo que já estava morto.
Se me pego assombrado, por meus fantasmas envolto,
Sei que sinto saudades... Em pranto dilacero meu coração!
Guilherme Henrique Miranda
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