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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Queria Ser



Queria eu ter o dom de poetizar...
Não apenas para expressar sentimentos,
Mas para ter o quê de mim falar.

Se eu fosse poeta, o mundo seria rimas,
Versos, estrofes, trovas, cantigas,
Sonetos, odisséias e redondilhas.

Se eu fosse poeta, meu choro seria alegria,
A minha tristeza, contentamento que envolve,
O meu pranto, felicidade que contagia.

Queria eu ter o dom de viver...
Não apenas a vida como esta,
Mas a vida de um poeta.



Feliz dia do poeta!

sábado, 15 de outubro de 2011

Ensino


Quero ensinar minha alma,
Quero ensiná-la a ser livre.
Quero ensiná-la a arte de voar,
A arte de um belo canto entoar.

Quero ensinar minha alma,
Quero ensiná-la a ser sensível.
Quero ensiná-la a arte de sentir,
 A arte de chorar, a arte de sorrir.

Quero ensinar minha alma,
Quero ensiná-la a ser cativa.
Quero ensiná-la a arte da prisão,
A arte de ser livre... E escolher habitar em teu coração.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

miF O



,masnep euq od oirartnoc oA
.mif o é lanif o erpmes meN
,oçoemoc ovon mu ele ajes zevlaT
,midraj mu erbos mev onotuo o odnauq omoC
.aruces latot odnezraT
,agnumser ossid atnalp amuhnen saM
, otnev oa eviverbos, oirf olep assaP
...animreg etnemes a e arevamirp a agehC
!adiv avon amu ed oçemoc o é mif O


adnariM euqirneH emrehliuG
8002/11/2, sotnaS

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Brilho Teu



O mundo nunca me compreenderia...
Para ele, o que eu sinto é nada!
Não tens nos olhos o brilho d'uma estrela guia,
Pois são eles o luzir da madrugada.

E é assim que eu sigo meu caminho,
Na ardente paixão que foge do comum,
Vivendo o martírio de todos os teus mimos,
Sem nunca receber, de fato, qualquer um.

Teu brilho é intenso e constante,
Sacro por luzir a pureza da inocência
Do arder de um coração amante.

Vivo tendo de lidar com a penitência,
Mas vivo sem me tornar ser hesitante...
A minha dor é esta frequente carência.



Imagem: http://www.flickr.com/photos/juliocesarbrugnari/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sincera Falsidade



Meus olhos não te seguem,
Não te procuram,
Não te buscam,
Não te querem.

Minhas mãos não tremem,
Não mais suam,
Não mais te tocam,
Não mais te sentem.

Meu peito não vibra,
Não pulsa,
Não palpita.

Meus versos não dizem,
Não mais falam...
E a verdade denigrem.



Sempre bom encontrar algumas poesias anos depois! A sensação de um "filho pródigo" retornando ao lar...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Alvorada




Hoje eu cantei para os pássaros acordarem,
Vi quando a lua se recolheu e dormiu,
Entrei pela janela quando o Sol a abriu...
Fiz de mim o alvorecer!

Hoje eu fiz as sementes florescerem,
Fui aventureiro, fui ousado,
Raiei sobre pasto, sobre telhado...
Fiz de mim o alvorecer!

Hoje eu amanheci,
Eu fui sol, fui luz, fui dia...
Fiz de mim o alvorecer!

Hoje eu não adormeci,
Não há lua, não há noite...
Não serei entardecer!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Bailarina




Todos os olhos a fitavam
Dançava com delicadeza
Todos os olhos a acompanhavam
Singular encanto beleza

Não havia pontuação
Era ela tempo contratempo
Ponto vírgula exclamação
Aproveitava cada atempo

Seu movimento era admirável
Sua coreografia era de se tirar o chapéu
Seguindo ao inimaginável
Foi ela ao céu

Cambré a direita
Cambré a esquerda
Tombée a frente
Cambré atrás com port de bras da primeira para segunda posição
Grand battement a frente
Grand battement ao lado
Chassé lateral a direita
Chassé lateral a esquerda
Demi-pointe pirouette braços em quinta posição
Contretemps a direita e a esquerda
Passé andeor duas vezes
Rond de jambe com pirouette
Pas de chat

Sumiu a bailarina
Estrela agora é ela
Na noite é lamparina
No céu é donzela

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pedacinho de Céu


Num dia nublado,
Encontrei um pedacinho
De céu azul.
Fiquei tão animado
Que quase desalinho,
Das nuvens, o cerúleo era meul!

Tomei aquela porção,
Fiz dela uma camisa
Para enfrentar os ventos.
Não encontrei objeção,
Como quem poetisa,
Combatia um dos elementos.

Deu pano até de sobra!
Fiz um guarda-chuva
Para enfrentar o aguaceiro.
Dobra e desdobra...
Enquanto a cor celeste ficava turva,
Eu me desdobrava inteiro.

E como não se vive só de poesia,
Fiz do meu verso uma prosa:
- Céus! Que farei eu agora?
- Deves estar fazendo uso de ironia...
... Sei lá eu! Faça uma rosa!
Atendi ao pedido e a uma rosa dei forma!

Passaram-se as horas,
Passaram-se os dias,
Passaram-se os anos!
A rima passou...
O verso passou...
A estrofe acabou...

A brincadeira passou...
A infância passou...
O riso foi embora...
Já não há nuvem,
Já não há céu...
Espero outra aurora!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vento

Sentei-me à sacada, olhava o mar enquanto ouvia uma doce canção que nada ao certo dizia. Era nesse ritmo que as ondas, as damas da noite, dançavam enquanto o mar era quem as guiava nesta bela valsa...



Naquela noite, a lua chegava tímida para ser a minha única companhia, como tem sido há tantas noites...



O vento ventava, como não podia deixar de ser. O vento ventava, ventava meus medos, minhas lágrimas, minhas dores. O meu pranto fora ventado, vento. Minha alegria fora ventada, invento!




O vento levou...

O vento secou...

O vento curou...

O vento ventou...

O vento... Cessou.





Guilherme Henrique Miranda







"Vento, ventania

Agora que estou solto na vida

Me leve prá qualquer lugar

Me leve mas não me faça voltar..."



(Vento Ventania - Biquini Cavadão)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ainda Te Amo!

Ainda Te Amo!



Volte...

Ao menos um momento...

Dê-me um minuto,

E nada mais eu te pedirei...



Volte!

Não é nada demais,

Apenas um simples pedido,

De alguém que por bel prazer te quis.



Parta...

Leve o que julgas ser teu e

Prepare-se para fugir...



Parta!

Para que se viva,

Nenhuma dor é insuportável...









class="Apple-style-span">Duas estrofes, sete versos cada...
Às vezes falamos exatamente o contrário do que
queremos dizer!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Renúncia (Lágrimas e Sangue)

À tua alma sedenta dou o meu

sangue como bebida. Porque

outrora era a minha necessitada,

e nas tuas lágrimas ela fora saciada.



Não me julgue louco, vingativo

ou insano. Se eu o fosse, deixaria

teu corpo padecer seco, tal qual

teu ingrato coração leviano.



Não me julgue bondoso, compassivo

ou misericordioso. Se eu o fosse,

das melhores fontes tu ainda beberias.



Não me julgue, apenas isso.

Ignore-me, deixe-me, mate-me...

Mas saiba morrer sem o que te sacia.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Passe, Noite Minha

Não sei o que mais me atormenta:
Se é tua ausência ou presença,
Se é tua existência ou teu ser...
Passe, noite minha, traga o amanhecer!


Com meus suspiros confesso
Tudo aquilo que não sabes.
O que farei se meu amor eu não nego?
Passe, noite minha, traga o amanhecer!


A cada batida de meu coração,
A cada pensamento meu,
És tu, minha paixão...
Passe, noite minha, traga o amanhecer!


A cada noite mal dormida,
A cada sonho aparentemente distante,
Te quero ainda mais, minha querida...
Passe, noite minha, traga o amanhecer!

sábado, 19 de março de 2011

Um Doce Olhar

Minha alma entorpecia...
O mundo rodando,
A vida continuando,
E a alegria era tardia...



Ser ausente...
Cosmo singular...
Olhos a vagar...
Doce aroma presente...



Quem és tu, doce
Menina de belo olhar?
Doce são teus olhos,
Tão belo é te contemplar...



Ah, doce e bela menina...
De certo deste um novo alvorecer
À minha vida solitária...



Ah, doce e bela menina...
Nada tenho a oferecer,
Aceite essa singela poesia...

terça-feira, 15 de março de 2011

Folha em Branco

Não há beleza maior do que a de uma folha em branco...
Olhá-la e perceber que ela ainda não foi utilizada,
Olhá-la e perceber que não há lamentos, soluços amorosos...
Não há nada mais sincero, lhano, puro, franco,
Ela não mente, não ofende, nada sente...
Ela é vida não vivida, ela é sonho não sonhado,
Pensamento não divagado...


Para as palavras, não há nada pior do que uma folha em branco...
É a certeza de que serão limitadas, vãs, solitárias,
Que terão um sentido arbitrário, que serão interpretadas...
Não há nada mais complicado do que se entender as folhas e as palavras...
O que para a palavra é cárcere, para a folha é vida...
Só há vida para a palavra quando ela é poesia

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mundo da Lua

Dizem que vivo no mundo da lua...
Oras! Que audácia esses dizeres!
Será que não percebem os desprazeres
A que me submete a ausência tua?!


Se assim pensam de mim, que pensem!
Muito mais me agrada o mundo dos astros...
A eles sigo, persigo seus rastros...
Já aqui, meus olhos te buscam... E se perdem.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A(r)fresco





A Vida é como um retrato...

Nós vivemos essa gravura,

Mas não somos parte de fato:

A nós resta o cargo da pintura.



Ainda que tentem insinuar que não,

Damos à tal arte os nossos traços,

Criando, sombreando o chão,

Por onde trilham os nossos passos.



Se identificares algum tormento,

Não te preocupes, amigo,

Será riso nalgum momento,

Rirás disso, ainda que seja comigo.



Se no caminho tropeçares

E isso ao abismo te lançar,

Alça vôo sem ter pesares:

"A(r)fresco" é pintar.